Matéria publicada em: 18/07/2017
Na manhã da última quinta-feira feira (13/07), na Sede da SRPRF/ES, a Diretoria do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado do Espírito Santo (SinPRF/ES) reuniu-se com o Superintendente Regional da Polícia Rodoviária Federal no Espírito Santo, oportunidade em que foi levada ao gestor do órgão a preocupação da direção sindical acerca das convocações que estão sendo feitas ao efetivo PRF em nosso Estado para a composição da OPERAÇÃO ÉGIDE, no Rio de Janeiro.
A Diretoria do SinPRF-ES, registrou na ocasião, alguns pontos que considera relevantes e que estão objetivamente ligados ao tema pautado, dos quais brevemente expostos a seguir:
- Quanto ao efetivo em nossa regional, que já é bastante reduzido e o momento vivido na segurança pública em nosso Estado, assim como, em nossas rodovias demanda uma atuação permanentemente firme de nossa força de trabalho, visto o passivo que ainda é visível, por conta da crise da segurança pública no início do ano, bem como, das sucessivas ocorrências com grande impacto social em nossas rodovias (acidentes com vítimas e ocupação de rodovias), que tem nos cobrado um esforço extra em relação ao emprego do efetivo. Neste sentido, arguimos quanto a possibilidade de postergar tais convocações até que, tenhamos minimamente equalizado a situação local;
- Solicitação de informações acerca dos critérios e quesitos considerados para a convocação dos PRF’s que participarão nesta operação;
Outros fatores levantados pela direção sindical na reunião, foram relacionados à logística, equipamentos, treinamento, transporte e local de atuação de nossos servidores, inclusive neste momento, questionamos especificamente, quanto às VTR’s, armamentos, equipamentos de proteção e treinamento operacional que serão empregados, oportunidade em que, sugerimos, que na impossibilidade de postergar as convocações, fosse pleiteado junto ao comando da operação, que alocassem os PRF’s do Espírito Santo na cidade de Campos Dos Goytacazes – RJ, pela proximidade geográfica com o Espírito Santo, pela economia evidente de recursos e pelo melhor conhecimento da região por parte de nosso efetivo.
Finalmente alertamos para o período prolongado de convocação, cuja duração é de cerca de 45 dias para a primeira turma e nas próximas chamadas de 30 dias, quando solicitamos que o Superintendente Regional fizesse gestões junto à CGO para reavaliar esses períodos, tornando-os menores, o que certamente, diminuiria o prejuízo familiar e social a que estarão expostos nossos servidores.
O Superintendente nos recebeu com muita cordialidade e tendo ouvido as questões acima citadas, pontuou sobre as mesmas, nos repassando o cenário que se apresenta no momento e os possíveis desdobramentos que podem se estabelecer, como narramos a seguir:
De início o Superintendente manifestou o cuidado com que tem pautado sua gestão no que tange ao bem estar do servidor e ao bom ambiente de trabalho, que em sua visão deve prevalecer em nossa regional.
Em seguida, já adentrando à pauta que nos levou a esta reunião, registrou que desde a crise da segurança pública ocorrida no Espírito Santo, por ocasião das manifestações das famílias e amigos dos Policiais Militares do Espírito Santo, a CGO tem requisitado PRF’s de nossa Regional para outras operações, mas em razão dos fatos aqui ocorridos, a SRPRF-ES solicitou junto a CGO e teve atendido o pedido de evitar ao máximo, a convocação de nossos servidores. Complementou, informando que o enfrentamento às questões locais continua sendo prioridade, mas que, a questão posta pela Administração Central em relação ao Rio de Janeiro é imperiosa no momento e envolve a convocação de Policiais de praticamente todas as Regionais do País.
Em relação aos critérios e quesitos adotados para a convocação de PRF’s, o Superintendente relatou que há critérios e que estes estão sendo observados, priorizando Policiais voluntários, em seguida, aqueles que mais recentemente estiveram operando no Estado do Rio de Janeiro por ocasião dos Jogos Olímpicos e por tanto, tem uma familiaridade mais próxima com a realidade do local e a dinâmica operacional ali desenvolvida. Esgotado este efetivo, serão convocados os demais Policiais da Regional. Lembrou ainda, dos casos de impedimento legal para convocações, e que a operação está prevista para durar em torno de um (1) ano, o que certamente provocará uma rotatividade expressiva de convocados.
Quanto à logística e afins, relacionados à operação, nos foi repassado que a primeira turma foi convocada por um período mais alongado, exatamente para receber treinamento e ambientação local no modelo operacional adotado; que ao chegar ao destino as VTR’s receberão manutenção preventiva para evitar contratempos, e que a composição tática será de quatro (4) policiais por viatura e à exceção do motorista os demais PRF’s receberão armamento longo individual, além dos equipamentos regulares. Em relação às próximas turmas a perspectiva é de que recebam o treinamento tático-operacional aqui mesmo em nossa Regional, para diminuir o tempo de convocação. No que se refere ao local de atuação, a primeira turma irá operar na cidade do Rio de Janeiro, quanto às próximas turmas, o Superintendente relatou que já existem tratativas em andamento, no sentido de alocar nosso pessoal em Campos dos Goytacazes-RJ e que aguarda definição do comando da operação.
No que concerne ao tempo de convocação o Superintendente ressaltou que em princípio é de fato o estabelecido na Ordem de Missão, mas ventilou a possibilidade de encaminhar ao Comando da Operação uma solicitação para avaliar a possibilidade de alterar para períodos menores.
Fonte: SinPRF/ES