Deputados ligados à segurança pública querem mudanças no texto da Reforma da Previdência

Matéria publicada em: 28/02/2019

Deputados federais se reuniram, na manhã desta quarta-feira (27), com representantes de entidades representativas de carreiras policiais para discutir o texto da Reforma da Previdência, apresentado pelo Governo na semana passada. Os parlamentares presentes foram unânimes quanto aos efeitos danosos do atual texto da Reforma da Previdência aos policiais brasileiros de todas as forças.

O coro partiu, inclusive, daqueles que apoiaram Bolsonaro nas eleições e fazem parte do mesmo partido do presidente da República. “Sou novo na vida política e mesmo sendo do partido do presidente Bolsonaro, sei que devemos fazer uma reforma da previdência, mas não essa que foi proposta. Não podemos sacrificar os policiais brasileiros”, afirmou o deputado e também PRF Nicoletti (PSL-RR).

“Não estamos buscando privilégio e sim justiça aos policiais que tanto se arriscam pela população”, destacou o também policial rodoviário federal Fábio Henrique (PDT-SE). “Já avisei ao meu partido, caso o PDT opte por apoiar um projeto que traga prejuízos aos policiais, eu vou contra a orientação do partido porque preciso defender os policiais, sou um policial rodoviário federal”, complementou Fábio Henrique.

A falta de diálogo tem sido uma das maiores queixas dos parlamentares. Isso fez com que o deputado Lincoln Portela (PR-MG) admitisse fazer jogo duro no processo de votação. “Vou fazer catimba mesmo, pode me punir, excluir do partido. Do jeito que está esse projeto eu não voto. Fui um dos primeiros apoiadores do Bolsonaro nessa casa, mas pelo amor de Deus, que falta de diálogo. Falo abertamente. Está faltando musculatura do governo e abertura para conversar”, disparou.

Senador na legislatura passada, José Medeiros (PODE-MT) lembrou das propostas do governo Dilma Rousseff e Michel Temer, que não chegaram a tocar na aposentadoria dos militares. Para o parlamentar, é improvável que Jair Bolsonaro faça o mesmo. “A Dilma passou e não mexeu na aposentaria dos militares, Temer também não. Bolsonaro que é militar vai mexer? Vários especialistas dizem que é lá que temos que mexer, tem pensões, aposentadorias, é muito complicado”, argumentou.

Durante o evento, membros da União dos Policiais do Brasil apresentaram um estudo e as consequências de uma reforma da previdência nos moldes atuais. O diretor jurídico da FenaPRF Marcelo Azevedo foi o responsável pela apresentação.

Confira na integra:

https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=eNJ9XKSJtj0


Fonte: SinPRF/ES


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